A prefeita de Pompéia, Isabel Escorce, responderá na justiça por suposto crime de induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, que pode resultar em prisão de até três ano e pagamento de multa.
O Radar 014 teve acesso aos autos de um inquérito policial na qual a vítima, uma funcionária municipal, identificada pelas iniciais C.P.P.S, acusa a prefeita de intolerância religiosa.
Segundo o inquérito, Tina chamou a funcionária no seu gabinete na Prefeitura. A mesma, já ciente de onde as conversas poderiam rumar, gravou o diálogo.
Na conversa, a prefeita de Pompéia pede para que a vítima sair “desse negócio de candomblé”. A prefeita diz “eu tenho, assim, horror (…) essas coisas eu não gosto (…) essas coisas atraem coisas ruins para você”.
Trechos da conversa que estão no inquérito mostram que Tina foi além “isso não é uma religião (candomblé), tá… isso é uma seita”.
Tina atribuiu a religião de matriz africana coisas ruins e negativas, pediu para que a funcionária parasse de expressar o seu credo enquanto estivesse no trabalho e até mesmo de frequentar.
A vítima sentiu ofendida e fez a denúncia para a Polícia, que abriu inquérito para apurar a conduta da prefeita de Pompéia.