Marília faz aniversário! Município completa 95 anos nessa quinta-feira (04)

Marília faz aniversário! O Município completa 95 anos de nessa quinta-feira (04). Fundada em 4 de abril de 1929, a Cidade Símbolo de Amor e Liberdade completa 95 anos de emancipação política-administrativa nesta quinta-feira, dia 4 de abril de 2024.

Marília está entre as 125 cidades mais populosas do Brasil e entre as mais populosas do Interior do Estado de São Paulo, sendo protagonista em vários indicadores de desenvolvimento social e econômico. Atualmente, 99,93% dos moradores de Marília têm abastecimento adequado de água, 98,5% têm coleta de esgoto, 99,96% têm banheiros regulares e 99,4% dos marilienses têm coleta de lixo. No Brasil, por exemplo, o acesso à rede de esgoto alcança 62,5%, ou seja 62,5% da população brasileira vive em domicílios conectados à rede de esgoto.

Segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2022, Marília tem atualmente mais de 237 mil habitantes.

Pré-história

Há cerca de 70 milhões de anos, a região onde hoje fica Marília e o oeste paulista foi habitada por dinossauros e outros animais pré-históricos. Esses animais tiveram seus restos ósseos petrificados em sedimentos arenosos de primitivos rios e lagos. Com as transformações geológicas ocorridas ao longo do tempo, esses ambientes primitivos se modificaram, e os sedimentos se transformaram em rochas, conhecidas principalmente como arenitos, e os ossos se tornaram fósseis. Essas rochas são as mesmas que hoje constituem as serras e escarpas que rodeiam a cidade, como os paredões de arenito do vale do Barbosa na Via Expressa, a Serra de Avencas, o vale do Pombo, a Serra de Dirceu (adiante do aeroporto) e muitas outras.

A fundação do Município

Sabendo das pretensões da Companhia Paulista da expansão dos trilhos dos trens de Piratininga às barrancas do rio Paraná, passando pela região onde viviam, os Pereiras, funcionários de Cincinato Braga, adquiriram terras da Companhia Pecuária e Agrícola de Campos Novos na região, dando início a plantações de café e fundando em 1923 um patrimônio batizado de Alto Cafezal em parte loteada das terras

O patrimônio de Alto Cafezal, pertencente ao município de Campos Novos do Paranapanema, (atual Campos Novos Paulista), na Sorocabana, foi a origem primeira do futuro município de Marília. No ano seguinte, a Fazenda Cincinatina, com extensão de 21 km pelo espigão Peixe – Feio, foi vendida ao então deputado estadual Bento de Abreu Sampaio Vidal (1872-1948), originário de São Carlos e Araraquara. Bento de Abreu além de político, era ligado à aristocracia terratenente; sua esposa Maria Isabel, com quem teve treze filhos, pertencia ao clã Arruda Botelho, família do Conde do Pinhal, com quem Sampaio Vidal firmaria acordos políticos por toda a vida.

Antes da Cincinatina, Bento de Abreu havia comprado terras onde hoje se encontram os municípios vizinhos de Álvaro de Carvalho e Garça, tornando-se um dos maiores latifundiários da região. Dividindo as terras em diversas fazendas, o político destinou-as aos seus filhos, como vinha fazendo em diversas regiões do estado onde adquiriu terras. No território atualmente compreendido por Marília, Bento de Abreu destinou a fazenda Santa Antonieta à filha Maria Antonieta. Às filhas, Helena e Olga coube a fazenda Cascata. À Bento Filho coube a fazenda São Paulo, localizada no distrito de Padre Nóbrega, e a Palmital ficou com o próprio Bento de Abreu.

Em 1926, José Vasques Carrión fundou um patrimônio em parte loteada de suas terras, denominando-o de Vila Prado. No mesmo ano, Bento de Abreu , fundou um terceiro patrimônio próximo aos anteriores. Em 1927 os coronéis Galdino Alfredo de Almeida e José Brás (José da Silva Nogueira) adquiriram terras de Carrión (fazenda Bomfim), e rebatizaram o patrimônio com o nome de Vila Barbosa, sendo esta, também distrito de Campos Novos, na Sorocabana.

A Companhia Paulista de Estradas de Ferro vinha desde 1924 avançando seus trilhos de Piratininga até chegar a Lácio (terras do deputado Sampaio Vidal),[24] sendo que a próxima estação passaria próximo dos patrimônios já existentes, o que causaria disputas entre os fundadores, principalmente entre Antônio Pereira da Silva, já que era o fundador do primeiro patrimônio e Sampaio Vidal.

Bento de Abreu ignorou o Alto Cafezal e tudo fez para impulsionar o desenvolvimento de seu próprio patrimônio, estabelecido justamente ao lado do povoado já existente. Investiu em infraestrutura e em recursos humanos, recrutando profissionais liberais em diversas áreas, que para lá se dirigiram. Para demarcar as terras do novo patrimônio contratou o engenheiro Dr. Durval de Menezes e compôs aliança política com o grupo de Rodolfo Miranda.

O poder político venceu e a estação foi construída nas terras do deputado, que deveria escolher um nome para a estação com a letra “M”, já que, de acordo com o esquema dessa companhia, as estradas que iam sendo inauguradas no ramal, haveriam de ser nomeadas por ordem alfabética. Foram propostos vários nomes, como “Marathona”, “Mogúncia” e “Macau”, mas Bento de Abreu não ficou satisfeito com nenhuma das sugestões. Em uma de sua viagens de navio à Europa, leu o livro de Tomás Antônio Gonzaga, “Marília de Dirceu”, de onde teve a ideia de sugerir o nome de “Marília”.

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