Vinho apresenta defesa contra impugnações: sentença sai em 15 dias

O ex-prefeito Vinho protocolos, constam do processo a certidão de divórcio de Vinho e Tina, realizado em maio de 2021 (primeiro ano do segundo e atual mandato dela). No documento, o ex-casal declarou que viveu como marido e mulher até abril daquele ano. Outras provas são o vídeo da cerimônia de posse da prefeita, em janeiro de 2021, quando ela se refere a Vinho como “meu esposo”, e fotos dos dois juntos no período em que a defesa alega que estavam separados.

Os argumentos do ex-prefeito. Numa contestação de 30 páginas (íntegra abaixo), Vinho alega o seguinte:

a) Ele e Tina, na verdade, teriam se separado em abril de 2020 (primeiro mandato dela), mas se enganaram na certidão de divórcio e informaram o ano errado. Aliás, agora, em 25 de julho, pouco antes do início da campanha eleitoral, Vinho e Tina foram ao cartório e pediram para “corrigir” a data. (Obs.: àquela altura, véspera do início da campanha, já havia vazado a informação de que a oposição usaria a certidão de divórcio para impugnar a candidatura.)

b) Vinho alega ainda que, embora tenham rompido a relação em 2020, ele e Tina teriam optado por manter o fato em sigilo até 2021. Teria sido apenas para manter as aparências que Tina o teria chamado de “meu esposo” durante a posse

DIOGO E CARLOS EM ALTA. Quem acompanha Diogo Ceschim e Carlos Rogério vê os dois em seu melhor momento: recebidos com empolgação no porta-a-porta e com a motivação lá em cima. Não há pesquisas oficiais na cidade, mas sondagens mostram Diogo consolidado à frente, com Vinho sem conseguir furar sua bolha (predominantemente composta pelo batalhão de funcionários comissionados e terceirizados da Prefeitura).

SILÊNCIO ESTRATÉGICO. A campanha de Diogo optou por não falar, por enquanto, da impugnação de Vinho. A principal razão é que o assunto tomaria o espaço das propostas para a cidade e rebaixaria demais o nível do debate. Outros motivos: o caso já é de conhecimento público, causa desgaste contínuo para o adversário e haverá tempo suficiente para explorá-lo até as eleições.

TRISTE PARA POMPÉIA. A insistência numa candidatura juridicamente inviável faz com que hoje a questão mais importante da campanha eleitoral não esteja relacionada a alguma proposta dos candidatos, mas sim à data da separação do ex e da atual prefeita. Muito pouco para Pompeia.

Palpite da oposição. Entre os adversários do ex-prefeito, porém, a aposta é de que ele vai recorrer de uma eventual decisão contrária em primeira instância e manter a candidatura. A euforia é por vencer Vinho no voto, não só nos Tribunais.