Nas últimas semanas, a temperatura aumentou em Pompeia. A cidade, que há meses vinha assistindo à propagação de provocações e fake news nas redes sociais, foi palco de agressões em uma unidade de saúde e vandalismo de um ônibus infantil e de uma escola de ensino fundamental.
No dia 26 de maio, uma servidora pública registrou boletim de ocorrência contra uma diarista por ameaça e agressão. Os fatos teriam ocorrido em uma unidade de saúde. As imagens viralizaram.
Segundo relatos, o conflito das duas mulheres remonta à campanha eleitoral. Processada civil e criminalmente, a diarista já teria, inclusive, ordem judicial para não fazer referência à servidora nas redes sociais.
Mas de nada adiantou. Investigações policiais apontaram que a diarista que supostamente agrediu a mulher no posto de saúde seria dona de um perfil fake no Facebook que prosseguia as difamações contra a vítima e também atacava autoridades da cidade.
Os contornos políticos do caso ficaram ainda mais fortes quando circularam informações de que o candidato a prefeito derrotado na última eleição, Jorginho Chicarelli, é advogado da diarista envolvida e a acompanhou no depoimento prestado à polícia.
Nesta quarta-feira, o que era ruim ficou ainda pior. Uma escola municipal de primeiro a quarto ano foi alvo de vandalismo. Câmeras captaram imagens de um homem atirando pedras contra as janelas do prédio (veja o vídeo abaixo).
Um paralelepípedo e tijolos foram arremessados contra o ônibus de transporte de crianças. O serviço não funcionou no dia seguinte e muita gente ficou sem ter como enviar os filhos para a aula.
Moradores veem motivações políticas
Nas redes sociais, a repercussão do caso gerou revolta, com vários moradores fazendo associação entre os fatos e criticando motivações políticas que insuflam os conflitos.
“Tá difícil. Mentiras, ataques violentos na internet. Muitas coisas ruins acontecendo nessa cidade“, comentou uma moradora na página do Radar.
“Mentiras nas redes sociais, agressões em posto de saúde e agora depredação em escolas. Essa não é a Pompéia que a gente quer“, registrou outra pompeense.
Houve ainda quem fizesse relação entre a depredação do ônibus de transporte de alunos com a conquista de um novo e moderno veículo escolar conquistado pela gestão municipal. “Inveja demais”, afirmou um internauta.
É curioso que, dias após Pompeia ser apontada entre as primeiras cidades do Brasil em qualidade de vida pelo Índice de Prosperidade Social, fatos graves indiquem que tem gente na cidade precisando crescer em maturidade política e civilidade básica.
Veja o vídeo do ataque contra a escola: