Mulher identificada pelas inicias C.R (RC) envolvida em agressão em posto de saúde é condenada por crime na internet e está proibida por dois anos de sair da comarca de Pompeia sem autorização judicial, de frequentar bares, festas e outros lugares. Além disso, ela é obrigada a comparecer ao fórum todos os meses para informar seu endereço e atividades pessoais.
Essa é a nova realidade de uma mulher que, nos últimos dias, ganhou notoriedade em Pompeia após uma suposta agressão uma servidora pública numa unidade de saúde da cidade. A mulher enfrenta vários processos na Justiça por difamação e injúria praticados nas redes sociais. E, nesta sexta-feira, uma conta mais salgada chegou.
Entenda o caso de C.R (RC)
Condenada em outro processo da época da campanha eleitoral, a diarista já tinha sido beneficiada pela chamada transação penal: pagou uma multa em troca do encerramento do caso, com a condição de não poder receber o mesmo benefício num intervalo de cinco anos.
Porém, como os boletins de ocorrência abertos contra ela são vários, nesta semana outra condenação chegou. E aí, além da multa, veio essa restrição de liberdade pesada. A mulher não poderá, por exemplo, ir a Marília ou viajar de férias sem autorização prévia e por escrito do juiz. E ainda teve que pagar nova multa.
Não para por aí
Pessoas que acompanham os casos envolvendo as confusões da diarista, lembram, porém, que as restrições de liberdade e a multa impostas pela Justiça nesta semana vêm acompanhadas de outra exigência: que a diarista não tenha condenação em outro processo criminal.
É aqui que os problemas dela aumentam. Há outras ações aguardando sentença na mesa do juiz, e em nenhuma delas a pompeense tem grandes chances de vitória. Além disso, como ela coleciona confusões e desafetos, principalmente pelo Facebook, novos BOs e processos ainda devem chegar. Nesse caso, a pompeense teria o processo desta sexta-feira reaberto, sofreria multa ainda maior e ficaria presa em regime domiciliar.
Quem analisa o caso elogia a estratégia da servidora municipal vítima na unidade de saúde e seu advogado. Desde o ano passado, eles movem vários processos contra a diarista. E teriam deixado novas ações para serem propostas assim que a situação jurídica da adversária se complicasse.
Defesa pisando na bola
Se for isso mesmo, a defesa da diarista, a cargo do advogado Jorginho Chicarelli, teria pisado na bola com a protegida. A estratégia de aceitar a transação penal e a suspensão condicional logo no início, sem considerar que outras ações viriam, acabou prejudicando a cliente. De agora para frente, ela não tem direito a nenhum benefício mais: é só multa e cumprimento de pena mesmo.
E ainda tem as indenizações por danos morais na esfera cível. Só numa delas, a diarista está sendo cobrada em R$ 20 mil. Vai ficar pior.
Fakes agridem e atacam
Um fake identificado como Fernando Santos estaria ligado à C.R (RC). Com ofensas pesadas na net ela provavelmente terá que responder na Justiça após quebra de sigilo. Num dos posts dirigidos á vítima, o fake disse “uma prostituta, só melhora com rol@”.
Após boletim de ocorrência feita pela vítima, a polícia identificou o IP do aparelho/máquina que fez o post, sendo ligado endereço da condenada.
Na Câmara, vereador defende C.R (RC)
Vereador Jorge Noboru Mizeguchi (PP), candidato aliado do derrotado nas eleições de 2024, Jorginho Chicarelli (advogado de C.R [RC]), saiu em “leviana” defesa da acusada, ignorando todo o barraco. Na Câmara, ele falou sobre o caso do vídeo da briga no posto de saúde em que C.R está envolvida e partiu pra cima da vítima. Jorge Noboru estava preocupado com a divulgação do vídeo e como vazou, mas o “x” da questão o mesmo ignorou “todos os munícipes merecem suas privacidades preservadas”.