O inverno de 2025 começa oficialmente às 23h42min de sexta-feira (20), com o solstício que marca a noite mais longa do ano no Hemisfério Sul. A estação vai até 22 de setembro e, segundo meteorologistas da Climatempo, deverá ser mais característica do que nos últimos dois anos, quando ondas de calor dominaram o país mesmo nos meses mais frios.
A passagem de frentes frias será mais comum nessa época do ano, mas nem todas com intensidade suficiente para gerar chuva volumosa. Julho deve ser um mês com mais dias secos, enquanto agosto e setembro podem registrar precipitação ligeiramente acima da média, principalmente na região sul.
Especialistas do InMet destacam que, pelo menos desde 2008, o Brasil enfrenta invernos cada vez mais quentes.
Mas é provável que esse ano fuja um pouco dessa regra.
“Posso dar até um exemplo de onde estou agora, em Brasília. Fazia dois anos que eu não me agasalhava do jeito que estou nos últimos dias”, relata a meteorologista Daniella Ferreira.
Mesmo assim, a especialista chama a atenção para o efeito das mudanças climáticas no padrão de comportamento das estações do ano.
“Essa persistência de temperaturas acima da média nos últimos anos tem influência do aquecimento global”, observa a meteorologista.
“As mudanças climáticas desestabilizam a atmosfera e geram eventos cada vez mais extremos, como ondas de calor, ondas de frio, secas prolongadas ou chuvas intensas que caem num curto período.”
“E isso pode acontecer associado a outros fenômenos naturais que ocorrem, como La Niña ou o El Niño, que exacerbam ainda mais esses episódios”, complementa ela.