O Outubro Rosa é aquele lembrete anual de que se cuidar é essencial. Mas, além de falar sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, a campanha também abre espaço pra outro ponto superimportante: as emoções de quem enfrenta o tratamento.
Sentir medo, ansiedade, tristeza ou até raiva é totalmente normal — e nada disso é sinal de fraqueza. A psicanalista Araceli Albino explica que o câncer de mama não atinge só o corpo, mas também a autoestima e a identidade. “É essencial compreender que ele envolve órgãos ligados à feminilidade e à sexualidade, o que pode mexer com a forma como a mulher se enxerga”, comenta.
E não dá pra negar: o tratamento traz seus desafios. Cansaço, alterações de humor e até mudanças físicas podem deixar o dia a dia mais pesado. Por isso, Araceli reforça que a saúde mental deve andar lado a lado com a física. Cuidar das emoções é tão importante quanto seguir as recomendações médicas.
Nessa hora, o apoio faz toda a diferença. Ouvir sem julgar, oferecer companhia ou simplesmente estar presente são atitudes poderosas. “A escuta empática da família, dos amigos e dos profissionais pode transformar a forma como a paciente vive o processo”, explica a psicanalista. Grupos de apoio e sessões de terapia também ajudam a colocar os sentimentos pra fora e ressignificar a experiência.
O Outubro Rosa também é sobre autocuidado — e isso inclui momentos de prazer e descanso. Caminhar ao ar livre, praticar um hobby, ouvir música ou meditar podem ajudar a recuperar o equilíbrio emocional e trazer leveza à rotina.
No fim das contas, o Outubro Rosa vem lembrar que corpo e mente precisam ser cuidados juntos. Fazer os exames e manter hábitos saudáveis é essencial, mas olhar pra dentro, acolher sentimentos e se permitir sentir também faz parte do processo de cura.
Informações Terra – Ana Beatriz de Paula