Um professor do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília foi demitido por justa causa após 44 denúncias de assédio.
As denúncias contra o professor foram protocoladas pelo Centro Acadêmico de Relações Internacionais “Diplomata Sérgio Vieira de Mello”, em maio de 2024, à Ouvidoria da universidade. Na época, estudantes colaram vários cartazes em protesto pelo campus da universidade.
Dentre as mensagens expostas no campus, que teriam sido ditas pelo professor em sala de aula, estão: “só quando a mulher tira a calcinha, você descobre se ela é porca ou não” e “ninguém aguenta mais ver mulher com os peitos de fora, se você quer mostrar seus peitos, mostra para outro”.
Os denunciantes falavam em um ambiente de aprendizado em que respeito e dignidade eram desconsiderados. Ainda na denúncia entregue à Unesp, os alunos alegaram que o professor proferia falas xenofóbicas, racistas e misóginas durante as aulas. “africanos e latinos não usam o cérebro” e “em Israel não tem estupro pois as mulheres têm fuzil”.
A Unesp informou em nota direcionada ao G1, que demissão do docente foi motivada por “procedimento irregular de natureza grave; ato de improbidade e conduta moralmente questionável” após a conclusão da Comissão designada para apurar o caso em Processo Administrativo Disciplinar.