Campanha Maio Amarelo tem uma missão: reduzir acidentes e salvar vidas no trânsito

O Brasil inicia maio de 2025 com uma missão clara: reduzir acidentes e salvar vidas no trânsito. A campanha Maio Amarelo, que neste ano adota o tema “Mobilidade Humana, Responsabilidade Humana”, promovido pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), ganha força em todo o país. Com ações educativas, blitze, palestras e eventos, a iniciativa busca transformar a relação das pessoas com o trânsito, destacando que cada indivíduo tem um papel crucial na construção de vias mais seguras. A campanha, que começou em 2014, tornou-se um marco global para a conscientização sobre a segurança viária, e no Brasil, estados e municípios se mobilizam para engajar a sociedade.

A escolha do tema deste ano reflete uma evolução no debate sobre mobilidade. Mais do que deslocamentos urbanos, a campanha enfatiza a mobilidade humana, que coloca as pessoas no centro das discussões. O ONSV destaca que os deslocamentos, sejam a pé, de bicicleta, moto ou carro, devem ser seguros e inclusivos. A campanha também reforça a necessidade de responsabilidade coletiva, indo além das ações individuais para promover uma mudança cultural. Em 2025, o Brasil enfrenta o desafio de reduzir os alarmantes números de acidentes, que, segundo dados do Ministério da Saúde, resultaram em mais de 145 mil mortes nas Américas em 2021, com o Brasil contribuindo significativamente para essa estatística.

O Movimento Maio Amarelo surgiu em 2014, inspirado por uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que estabeleceu a Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011-2020). A cor amarela, símbolo de atenção e alerta, foi escolhida para representar a campanha, que busca chamar a atenção para os altos índices de mortes e feridos no trânsito globalmente. No Brasil, o movimento ganhou adesão rapidamente, tornando-se uma das principais iniciativas de conscientização viária. O objetivo é claro: coordenar esforços entre o poder público, empresas e a sociedade civil para reduzir sinistros e promover um trânsito mais humano.

A campanha não se limita a apontar problemas, mas propõe soluções práticas. Ações educativas, como palestras em escolas, blitze em rodovias e oficinas para pedestres, são realizadas em todo o país. Em 2025, o foco na mobilidade humana traz uma perspectiva mais ampla, considerando a diversidade de usuários das vias, desde ciclistas até motoristas de caminhões. O ONSV enfatiza que a segurança viária depende de atitudes conscientes, como respeitar limites de velocidade, usar equipamentos de proteção e priorizar a segurança dos mais vulneráveis, como pedestres e motociclistas.

Impacto dos acidentes de trânsito no Brasil

Os números de acidentes de trânsito no Brasil são alarmantes e reforçam a importância do Maio Amarelo. Em 2023, o Ministério da Saúde registrou 13.477 mortes de motociclistas em sinistros de trânsito, um grupo particularmente vulnerável. Além disso, entre janeiro e novembro de 2024, 148.797 motociclistas foram atendidos em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), gerando um custo de R$ 233 milhões. Esses dados evidenciam não apenas o impacto humano, mas também o ônus econômico e social dos acidentes.

Pedestres e ciclistas também enfrentam riscos significativos. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), entre 2009 e 2021, as mortes de motociclistas, pedestres e ciclistas nas Américas aumentaram de 39% para 47% do total de óbitos no trânsito. No Brasil, a falta de infraestrutura adequada, como faixas de pedestres bem sinalizadas e ciclovias seguras, agrava o problema. A campanha de 2025 busca abordar essas vulnerabilidades, promovendo ações que protejam os usuários mais expostos.

Mortes no trânsito: mais de 145 mil óbitos nas Américas em 2021, com o Brasil entre os líderes.
Motociclistas: 27% das mortes no trânsito em 2021, com alto impacto no SUS.
Pedestres e ciclistas: 20% das mortes, com aumento de riscos em áreas urbanas.
Custos econômicos: R$ 233 milhões gastos com internações de motociclistas em 2024.

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