Em 15 de novembro, o Brasil relembra a Proclamação da República (1889), marco que encerrou a monarquia e abriu caminho para novas instituições políticas.
A mudança de regime, liderada no Rio de Janeiro por Deodoro da Fonseca, inaugurou o modelo republicano e, com a Constituição de 1891, consolidou o federalismo e eleições periódicas. Ao longo do século XX, a cidadania avançou com ampliação do voto, direitos sociais e liberdades civis, culminando na Constituição de 1988, que assegurou liberdade sindical e negociação coletiva.
Celebrar 15 de novembro é renovar o compromisso com democracia e justiça social no dia a dia: participar, fiscalizar, dialogar e defender direitos.
Como aconteceu a Proclamação da República?
Deodoro da Fonseca estava doente. Para convencê-lo a liderar o levante, os militares ocultaram-lhe que o objetivo principal do mesmo era derrubar a monarquia.
Isso porque o Marechal era amigo do então imperador Dom Pedro II.
Assim, para confundi-lo, as tropas se reuniram no Campo de Santana, no centro do Rio de Janeiro, e derrubaram o gabinete do Visconde de Ouro Preto (1836-1912).
Naquele momento, a república não havia sido proclamada.
Somente mais tarde, com Deodoro já de volta a sua casa, vários políticos insistiram para que ele assinasse um documento declarando a extinção da monarquia.
Alegavam que o imperador iria nomear o político Silveira Martins (1835-1901) no lugar do Visconde de Ouro Preto.
Como Silveira Martins era um antigo desafeto do Marechal Deodoro, este assinou a moção da república, e passou a ser o Chefe do Governo Provisório.
Com isso, a Proclamação da República representou o fim do Brasil Império que havia durado cerca de 70 anos.
Dom Pedro II, que era o imperador, foi banido do Brasil com a sua família, e embarcaram rumo à Europa na madrugada do dia 17 de novembro.
A população somente soube mais tarde desses acontecimentos, pois para evitar uma guerra civil no Brasil, Dom Pedro II não quis chamar seus aliados.