ESPECIAL | Marília, polo regional dos moradores de ruas. Até quando as autoridades ficarão com os olhos fechados?

São 7h30 da manhã. O dia começa com um sol insuportável. Ao passar por uma rua paralela a Avenida João Ramalho nota-se uma praça. Além do mato alto? Dois homens deitados bem próximos da calçada. Duas senhoras passam por ali e até precisam desviar. Um pouco à frente, já na Avenida, um homem sentado num banco de outro lado, tem um saco grande ao lado e uma lata que bafora. Ele grita. Não liga para quem passa por perto.  Seguindo, já na Tiradentes, no semáforo, um adolescente vende doce e um rapaz já mais velho tem um cartaz “tenho fome, me ajuda”.

Cenas como essas são corriqueiras em Marília. Saiu uma administração e entrou outra, e o social do Município parece não se importar. Na última campanha eleitoral quase nenhum candidato debateu e ou mostrou preocupação sobre o tema. Mais do que apoio social, é questão de segurança pública.

O fato de incomodar a cada parada alguém vir pedir por ajuda, a situação é bem mais complexa. Não há um setor ou órgão que ampara essas pessoas? Idosos, mulheres, crianças, até mesmo estrangeiros pedindo o dia todo em grande quantidade.  Pior, muitas dessas pessoas são representam risco à segurança, mas como saber? Muitos moradores de ruas vivem nessa situação por conta de drogas e álcool. Num momento de fissura ou abstinência tudo pode acontecer.

Marília parece ser o polo regional dos moradores de ruas: praças, avenidas, prédios abandonados, até mesmo de frente a hospitais, onde uma moradora de rua recentemente morreu. Absolutamente nenhuma autoridade parece se importar, pelo menos até a situação começar a chegar próximo deles ou prejudicar a imagem.

Sim, Marília é a capital do morador de rua e as autoridades parecem gostar do título nada honroso.

 

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